- uma santa de argila amarela
na bagagem somente uma saia rodada
e nos postes unhas arrancadas
tocava nas noites secretas sinfonias desajustadas
queimava nas mãos o dinheiro
um cigarro, uma pinga
E no chão seu sustento.
Seu Deus - um velho terço
cantava dezenas de rosários
seguia um tempo
cheio de sarjetas, cadeias,e grandes cadeados
sempre abertos
sem chaves ou correntes
nunca descobriu seu caminho
Só o gozo alheio e sorrateiro
deixava que o som se fizesse um compasso vital.
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