segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Qual a ponte entre um corpo e a poesia?




Não ao caótico vazio dissimulado
qual a ponte entre meu corpo e a poética?
Procuro a fusão dos vários sentimentos e a alegoria das fantasias
                                    ...mas não cabe ao homem a poética e muito menos aos meninos
- Procura taciturna e vulgar, minha cara!
Olho as colunas, os velhos bancos com marcas dos pedidos ensandecidos
e os homens que ao  sinal da cruz abaixam a cabeça
Vai homem, diga os seus pedidos
Não lhe resta nada
Na saída da igreja Metropolitana  de Buenos Aires
Uma menina escondida sob o cobertor
Sua mãe deixa a mão a pedir esmolas
e a cabeça pendurada - um pêndulo entrecortado pelos olhares vis.


( Deixei a Partita N 2 In C Menor, BWV 826:4 Sarabande Bach  com a Martha Argerich ao longe)

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